Saiba o que é a raiva canina e porque sua prevenção é tão importante!

Cachorro tomando vacina

Muitas doenças consideradas zoonoses (transmitidas entre animais e seres humanos) representam uma grande preocupação para a saúde animal, humana e biodiversidade!

A raiva canina está entre as doenças mais graves que podem acometer os cães. A raiva pode ainda ser transmitida aos seres humanos por meio da saliva infectada de um animal infectado. Portanto, compreender a raiva canina, seus sintomas e diagnóstico é crucial para prevenir sua propagação e proteger a saúde pública. A boa notícia é que é possível prevenir a doença, evitando assim a sua transmissão.

Neste artigo iremos falar um pouco mais sobre raiva canina e o acometimento da doença nos pets. Confira!

O que é a raiva canina?

A raiva canina é uma doença viral grave que afeta o sistema nervoso central dos cães e outros mamíferos. É causada pelo vírus da raiva, que pertence à família Rhabdoviridae e ao gênero Lyssavirus.

O vírus se multiplica nos músculos e em seguida invade o sistema nervoso, causando danos progressivos ao cérebro e à medula espinhal. Uma vez que os sintomas se manifestam, a doença é quase sempre fatal.

Por que a doença é tão grave?

Devido à impossibilidade de tratamento efetivo e à sua transmissão, que é relativamente “fácil”, a raiva é considerada uma das mais importantes zoonoses existentes.

Saiba mais sobre como a raiva afeta os humanos!

Apenas os cães pegam raiva?

A raiva não é uma doença que afeta exclusivamente os cães. Diversos mamíferos podem adquirir raiva, incluindo animais selvagens – o que pode ainda representar um risco para a biodiversidade.

Confira abaixo algumas das espécies que podem adquirir o vírus da raiva:

  • Cães e gatos.
  • Morcegos (sendo as espécies hematófagas consideradas importantes reservatórios do vírus).
  • Raposas.
  • Guaxinins.
  • Cervos.
  • E muitos outros!

Raiva canina: entendendo o papel do morcego na transmissão da doença

Embora muita gente tenha medo ao avistar qualquer morcego, é importante lembrar que dentre as mais de mil espécies de morcegos distribuídas no mundo, apenas 3 são hematófagas (se alimentam de sangue).

No Brasil podem ser encontradas cerca de 180 espécies de morcegos, incluindo as três hematófagas, que são exclusivas do continente americano.

Como prevenir a doença

A vacina contra a raiva deve ser dada anualmente nos cães e nos gatos. A realização da vacinação em ambiente veterinário é essencial para controle da disseminação da doença.

Além disso, ao identificar um morcego é aconselhado que a pessoa fique distante do animal e, caso o mesmo aparente estar doente ou debilitado, acione imediatamente os serviços capacitados da região, como por exemplo a polícia ambiental. Desta forma, o animal será devidamente removido do local pela equipe capacitada, garantindo a segurança da população e outros animais da região.

Por último, vale reforçar que maltratar animais é crime e os morcegos não devem ser vistos como vilões, já que desempenham um papel fundamental para a biodiversidade e meio ambiente, assim como todos os outros animais!

Vacinação em cachorro
Fonte: Shutterstock

Quais sinais são vistos em quadros de raiva canina?

Dentre os sinais clínicos mais comuns vistos em quadros de raiva canina estão:

  • Mudanças comportamentais, principalmente relacionadas à maior agitação.
  • Aumento de agressividade.
  • Salivação excessiva.
  • Paralisia de membros.
  • Convulsões.
  • Entre outros.

Como é feito o diagnóstico?

O diagnóstico da raiva canina pode ser desafiador, principalmente devido à sua natureza e sintomas variáveis. Aqui estão os principais métodos e etapas envolvidos no diagnóstico da raiva em cães:

Histórico clínico e observação dos sinais clínicos: O primeiro passo para o diagnóstico da raiva canina é obter um histórico clínico completo do cão, incluindo informações sobre exposição a possíveis animais infectados e qualquer comportamento ou sinal anormal observado pelo proprietário.

Exame físico: Um exame físico completo é realizado pelo veterinário para avaliar o estado geral de saúde do cão e procurar quaisquer sinais físicos que possam sugerir a presença de raiva ou outras doenças. O profissional deve lembrar de utilizar equipamentos de proteção individual (EPI’s) em todos os momentos e, principalmente quando houver a suspeita de doenças graves como a raiva.

Testes laboratoriais: Os testes laboratoriais são essenciais para confirmar o diagnóstico de raiva. Isso pode incluir a coleta de amostras de saliva, sangue, tecido cerebral ou líquido cefalorraquidiano para testes específicos do vírus da raiva. Os métodos comuns de diagnóstico laboratorial incluem a técnica de imunofluorescência direta (DFA) para detectar antígenos virais em tecidos cerebrais, a técnica de isolamento viral em cultura celular e a reação em cadeia da polimerase (PCR) para detectar o material genético do vírus da raiva. Alguns deles são realizados apenas no post-mortem (em necropsia, após a morte do animal).

Acompanhamento epidemiológico: O acompanhamento epidemiológico é geralmente realizado para determinar se houve casos de raiva em outras animais na área e para ajudar a confirmar o diagnóstico ou até mesmo identificar possíveis novos focos da doença no município/região.

Existe tratamento para a raiva canina?

Infelizmente, não existe tratamento eficaz para a raiva em cães e gatos uma vez que os sintomas da doença se manifestam. Portanto, o tratamento da raiva nos animais domésticos se concentra principalmente na prevenção da doença.

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