Paralisia de laringe em cães: saiba o que é e quais as causas do problema

Buldogue frances no colo de veterinário.

Embora não seja um problema tão comum de acontecer, a paralisia de laringe em cães demanda um diagnóstico certeiro além de cuidados e orientações específicas. Portanto, é muito importante que o proprietário do animal se atente a qualquer sinal de que algo possa estar errado e que o veterinário fique atento aos sinais da possível alteração.

Conhecendo as principais causas, sinais clínicos e formas de diagnóstico é possível compreender melhor o tema e consequentemente estar preparado para lidar com a situação quando necessário.

O que é a paralisia de laringe em cães?

A paralisia de laringe em cães faz com que as cartilagens aritenóides – localizadas na região da laringe, tenham sua função de movimentação prejudicada, acometendo diretamente as vias respiratórias superiores dos animais. O problema pode ser congênito ou adquirido ao longo da vida, sendo que a forma adquirida geralmente se manifesta em animais de meia idade a idosos.

Cachorro de porte pequeno deitado coberto com manta.
Fonte: Shutterstock

Quais sinais clínicos o animal pode apresentar?

A paralisia pode acometer apenas um ou ainda ambos os lados da laringe e os sinais clínicos podem variar de acordo com a gravidade do caso.

Os animais acometidos podem apresentar sinais inespecíficos, incluindo:

  • Tosse.
  • Inquietação/incômodo.
  • Rouquidão ao latir.
  • Dificuldade respiratória.
  • Desmaios.
  • Mucosas cianóticas (aspecto azulado pela oxigenação prejudicada).
  • E outros.

Caso o dono do pet note alguma alteração, até mesmo comportamental, deve levar o pet o quanto antes para avaliação do médico veterinário, que será capaz de examinar o animal de forma adequada e irá solicitar os exames necessários para um diagnóstico mais efetivo. 

Se o animal apresentar quadros respiratórios graves, como dificuldade respiratória evidente, deverá ser levado imediatamente para o hospital veterinário ou clínica mais perto, para atendimento emergencial, pois sua vida pode estar em risco!

Assim como em diversas outras doenças, alguns animais podem ainda ser assintomáticos. Portanto, é importante que o pet frequente o consultório veterinário pelo menos uma vez ao ano para fazer um check-up e se certificar de que sua saúde esteja em ordem.

Cãozinho porte pequeno branco sendo examinado.
Fonte: Shutterstock

Como é feito o diagnóstico da paralisia de laringe em cães?

Além do exame físico, que é imprescindível para a avaliação do paciente durante a consulta com o médico veterinário, diversos outros exames podem ser solicitados para auxiliar no diagnóstico.

O exame mais recomendado para diagnóstico definitivo da paralisia de laringe em cães é a laringoscopia. No exame, é possível observar através do equipamento a movimentação das cartilagens e avaliar se há alguma alteração. Em casos de alterações, ainda será possível avaliar se o problema afeta apenas um ou ambos os lados da laringe do animal.

Alguns outros exames podem ser realizados, como a ultrassonografia ou demais opções a depender do caso.

Uma vez diagnosticada a afecção, é importante investigar se pode haver algum outro problema relacionado, como por exemplo a pneumonia aspirativa, que pode ser identificada através de um raio-x de tórax e outros exames complementares.

Existe tratamento?

O tratamento irá depender do estado geral do animal acometido. Desta forma, animais em quadros emergenciais serão tratados de forma diferente dos animais estáveis.

Tratando a paralisia de laringe na emergência:

Quadros graves, com dificuldade respiratória aguda, obstrução em vias respiratórias, desmaios ou cianose devem ser tratados como emergência! O tratamento emergencial consiste em prestar os primeiros socorros para restabelecer as vias aéreas e estabilizar o paciente crítico. Podem também ser utilizados corticosteróides, com o objetivo de diminuir a inflamação e inchaço na região da laringe e também manter o paciente em oxigenioterapia.

No caso da desobstrução de vias aéreas, em casos mais críticos pode ser necessário realizar o procedimento emergencial de traqueostomia, onde rapidamente é aberto um novo ponto de entrada de oxigênio.

Tratamento em quadros estáveis:

Em casos menos graves ou após estabilização do quadro, pode ser recomendada uma cirurgia para correção do problema. O procedimento é indicado apenas para animais que tenham o problema na forma unilateral – ou seja, que tenham apenas um lado acometido. Nele será realizada a lateralização unilateral da cartilagem aritenóide, visando proporcionar maior qualidade de vida ao pet. O veterinário será capaz de avaliar se o animal possui ou não recomendação para o procedimento.

O animal diagnosticado deverá fazer acompanhamento com o veterinário, que por sua vez será fundamental para orientar os tutores sobre ações rotineiras essenciais para manter o pet saudável e proporcionar maior conforto, evitando que o quadro se agrave. Essas atitudes podem incluir:

  • Uso de coleiras adequadas, como peitorais.
  • Evitar exercícios intensos e quadros de estresse.
  • Manter o pet com peso adequado.
  • Dieta balanceada.
  • E outros.


Desta forma, atitudes simples do dia-a-dia serão fundamentais para que o cão tenha maior qualidade de vida!

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