Osteossarcoma em cães: o que é e como tratar o pet acometido

Boxer marrom claro e branco deitado no jardim.

Assim como outros tipos de neoplasias, o osteossarcoma deve ser diagnosticado de forma precisa para que o médico veterinário possa avaliar o prognóstico do paciente e traçar um plano de tratamento adequado para cada caso. 

Neste conteúdo iremos abordar as principais características do osteossarcoma em cães, como os principais sinais clínicos e formas de diagnóstico da doença. Confira e saiba como proporcionar maior saúde e bem-estar ao seu pet!

O que é o osteossarcoma em cães?

Caracterizado por um tumor maligno, o osteossarcoma pode atingir diferentes ossos do corpo do cão, sendo mais comum em ossos longos (como o úmero, rádio, tíbia e fêmur, localizados nas patas dos animais).

Potencial de metástase

Geralmente o osteossarcoma nos cães surge como um tumor primário, tendo como órgão foco de metástase o pulmão.

O diagnóstico dos possíveis focos de metástase se faz essencial para propor um plano de tratamento direcionado para o caso em específico. Por exemplo, um paciente com metástase terá recomendações de tratamento diferentes de outro que ainda não tenha focos metastáticos.

Existem animais mais predispostos ao problema?

A doença pode ocorrer em cães de diversas raças e idades, mas é visto com maior frequência em cães de raças grandes ou gigantes e em animais de idade mais avançada. Algumas das raças com maior probabilidade de desenvolvimento do problema são:

  • Boxer.
  • Rottweiller.
  • Fila.
  • Mastiff.
  • São Bernardo.
  • Entre outros.
Cachorro de raça grande bege deitado em sua cama.
Fonte: Shutterstock

Quais sinais clínicos o cão com osteossarcoma pode apresentar?

O osteossarcoma nos cães afeta diretamente a estrutura óssea, uma vez que causa proliferação óssea e geralmente afeta os ossos dos membros, que estão em constante movimentação. Com isso, tende a gerar muita dor no pet acometido.

Sendo assim, cães com osteossarcoma geralmente apresentam sinais clínicos como:

  • Claudicação: A claudicação é o ato de “mancar” ao caminhar. Alguns animais podem não conseguir apoiar o membro por completo no chão ou ainda apoiá-lo com menos esforço, sendo perceptível a alteração durante sua movimentação.
  • Aumento de volume: O local acometido pode apresentar um aumento de volume, já que o osteossarcoma causa uma proliferação óssea.
  • Dor à palpação: Ao examinar ou mexer no membro acometido o pet pode ficar reativo, vocalizando ou ainda tentando morder, como sinal de dor.
  • Lambedura excessiva na pata acometida: o ato de lamber excessivamente as patas também pode ser um indício de que o pet possa estar sentindo algum desconforto.
  • Redução de apetite e prostração: também são indícios de que algo não vai bem com a saúde do pet.
  • Cansaço fácil e intolerância ao exercício: A dificuldade respiratória ou cansaço fácil são vistos com maior frequência em animais que tenham metástase pulmonar, já que a capacidade do órgão é diretamente afetada.

Outros sinais ainda podem surgir. Portanto, é altamente recomendado que o tutor fique atento e leve o seu pet ao médico veterinário caso note qualquer alteração comportamental.

Cão de raça grande em jardim.
Fonte: Shutterstock

Exames solicitados para diagnóstico

Assim como em muitas outras doenças, o diagnóstico sempre será iniciado na consulta veterinária. Neste momento o profissional responsável pelo caso será capaz de avaliar o pet e solicitar os exames complementares mais adequados.

Para o diagnóstico de osteossarcoma em cães geralmente são solicitados:

  • Raio-X: O exame poderá trazer informações relevantes quanto à proliferação óssea. Geralmente tumores ósseos trazem um padrão proliferativo conhecido como “sunburst”.
  • Tomografia computadorizada: A tomografia é um exame de imagem ainda mais preciso que o raio-x e também permite identificar melhor focos de metástase pulmonar. Sendo assim, é altamente recomendado para muitos casos como exame pré-operatório, por exemplo. A tomografia computadorizada possui potencial de identificar nódulos ainda menores do que o raio-x é capaz de detectar. O exame, portanto, é recomendado para uma avaliação mais minuciosa das estruturas ósseas e do pulmão.
  • Histopatológico: O histopatológico é o exame de eleição para identificar o tipo de tumor que acomete determinado tecido.
  • Citologia: A citologia geralmente é utilizada como exame de triagem.
  • Exames hematológicos: Outros exames podem ser úteis, como hemograma e bioquímicos renais e hepáticos.

É importante que uma vez levantada a suspeita de uma afecção oncológica (tumores), o paciente passe em consulta com um médico veterinário especializado em oncologia. O veterinário oncologista será fundamental para orientar sobre os exames necessários e traçar passo a passo o tratamento para aquele pet.

Osteossarcoma em cães: existe tratamento?

O tratamento irá depender de diversos fatores, como a região acometida, a identificação de focos de metástase, entre outros. Desta forma, o médico veterinário oncologista poderá recomendar tratamentos cirúrgicos ou a base de medicações, como quimioterápicos, ou ainda cuidados paliativos a depender do caso.

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