Diversas doenças ortopédicas podem acometer os cães. No caso da osteoartrite, os animais podem apresentar sinais clínicos agudos, quando entram em crises causadas devido à doença. É importante que o diagnóstico seja realizado corretamente, permitindo proporcionar o tratamento mais adequado ao cão acometido, fornecendo ainda maior conforto e qualidade de vida ao animal.
Neste texto, iremos abordar tópicos relevantes sobre a osteoartrite em cães, como os principais sinais que os cães acometidos podem demonstrar, quais exames são necessários para diagnóstico e outros pontos importantes. Confira!
O que é a osteoartrite em cães?
A osteoartrite é caracterizada por ser uma doença que causa a perda progressiva da cartilagem presente no esqueleto, além da proliferação anormal do tecido ósseo (como a formação de osteófitos – também conhecidos como bico de papagaio, por exemplo). Com isso, as articulações perdem a função de elasticidade e movimentação, causando dor e prejudicando a mobilidade do animal.
Quais sinais os cães com osteoartrite demonstram?
Por se tratar de uma doença que acomete as estruturas ósseas, a osteoartrite em cães tende a gerar muita dor. Os principais sinais clínicos que os animais poderão apresentar serão relacionados à dor causada pelo problema, podendo incluir:
- Claudicação (mancar).
- Dificuldade em subir escadas ou subir em sofás e camas, por exemplo.
- Prostração e maior tempo deitado, sem se locomover como de costume.
- Redução de apetite.
- Vocalização excessiva (como por exemplo chorando aparentemente sem motivo evidente).
- Entre outros.
Como visto, o problema gera muita dor e desconforto ao pet. Portanto, sempre que notada qualquer alteração comportamental ou indícios de que algo não esteja bem com a saúde do pet, o mesmo deverá ser levado ao médico veterinário para que o mesmo seja examinado.
Como diagnosticar a osteoartrite em cães
O diagnóstico é iniciado ainda durante a consulta veterinária, onde o profissional irá fazer uma série de perguntas aos proprietários, levantando informações relevantes para compor as suspeitas clínicas. Feito isso, o profissional irá fazer um minucioso exame físico no pet, palpando membros torácicos e pélvicos, coluna vertebral e outras partes do corpo do pet. Assim será possível identificar pontos de maior sensibilidade ou dor.
Feito isso, serão solicitados exames complementares, que na maioria das vezes é composto por exames de imagens, como:
- Raio-X: sempre devem ser solicitadas ao menos duas projeções de cada parte avaliada.
- Ultrassom: permite avaliar melhor estruturas articulares, tendões e ligamentos.
- Ressonância magnética ou tomografia computadorizada: são exames de imagem mais avançados quando comparados ao raio-x e à ultrassonografia. A ressonância magnética é a melhor escolha para avaliar tecidos moles, além de medula óssea e cérebro. Já a tomografia computadorizada é mais indicada para uma avaliação ainda mais minuciosa dos ossos – ou, em outros casos, também pode ser recomendada para avaliação de campos pulmonares.
É extremamente importante avaliar o animal antes da realização dos exames, já que a osteoartrite pode causar um desconforto bastante importante. Caso seja identificado elevado grau de dor, o animal deverá ser medicado antes da realização dos exames, para um maior conforto.
Tratamento para osteoartrite
Diversos tratamentos podem ser propostos a depender do caso em específico. Geralmente as recomendações contemplam:
- Analgesia: o uso de analgésicos é recomendado para o controle da dor e deve ser prescrito pelo médico veterinário de acordo com o grau de dor do pet. Alguns casos podem demandar de analgésicos menos potentes, enquanto outros demandam de fármacos mais potentes, como opióides.
- Anti-inflamatórios: o uso de anti-inflamatórios esteroidais ou não esteroidais podem ser recomendados, de acordo com o caso.
- Demais medicações: o uso de ômega 3, condroitina, colágeno e outros também são recomendados, visando nutrir as estruturas afetadas e retardar a progressão da doença.
- Medicina integrativa: técnicas como acupuntura, fisioterapia e outras também são bem-vindas.
Outras doenças ortopédicas podem acometer os cães
A osteoartrite em cães é uma afecção comum na área da ortopedia. Porém, vale reforçar que outros problemas ortopédicos, sejam crônicos ou agudos, também podem acometer os pets! Alguns exemplos são:
- Ruptura do ligamento cruzado cranial: o ligamento presente na região do joelho do pet pode se romper em virtude de traumas ou outros motivos.
- Luxação de patela: assim como a ruptura do ligamento cruzado, a luxação de patela também ocorre na região do joelho do pet. Com isso, a estrutura conhecida como patela se desloca em determinados momentos, o que também pode gerar dores ou desconfortos para o pet.
- Displasia coxofemoral: a displasia coxofemoral é caracterizada por uma alteração no encaixe entre o fêmur e coxal (osso conhecido nos seres humanos como “bacia”). Com isso, o pet pode apresentar dores e desconfortos, devido ao encaixe incorreto das estruturas.
- Fraturas ósseas: diversas fraturas ósseas podem acometer os cães. Geralmente ossos longos como tíbia, fêmur e outros são acometidos, mas também pode ocorrer em outras estruturas do esqueleto.
- Outras alterações: os cães podem ainda apresentar hérnia de disco, redução dos espaçamentos intervertebrais e outras doenças.
É importante que o pet seja levado ao médico veterinário ao menos uma vez por ano para realização de check-up e, além disso, sempre que for notada alguma alteração comportamental. Com isso, o pet tende a ter uma melhor qualidade de vida!