Doença do carrapato: o que é e como proteger o seu cachorro?

Placa de sinalização para cuidado com carrapatos.

Diversas doenças dependem de vetores para que ocorra seu contágio e transmissão. Mosquitos e carrapatos são considerados potenciais vetores que podem transmitir doenças graves aos cães.

Neste artigo iremos abordar um pouco mais sobre os carrapatos (sendo a espécie Rhipicephalus sanguineus a principal) e quais doenças podem ser transmitidas por eles. Continue lendo e saiba também como proteger o seu cãozinho contra essas graves afecções. Confira!

O que é a doença do carrapato?

Doença do carrapato é o nome popular dado à um grupo de doenças caninas transmitidas por vetores – nestes casos, os carrapatos. Essas doenças são também chamadas hemoparasitoses, já que o agente agressor (protozoário ou bactéria, por exemplo), afetam o sangue do animal acometido. O grupo contempla principalmente as seguintes doenças, sendo que algumas são mais comuns:

– Erliquiose.

– Babesiose.

– Anaplasmose.

– Doença de Lyme.

Carrapato em cão.
Fonte: Shutterstock

Quais as doenças do carrapato mais comuns nos cães?

A erliquiose e a babesiose são as hemoparasitoses transmitidas por carrapatos com maior ocorrência nos cães.

É importante entender como ocorre a transmissão das doenças, através da explicação do ciclo de vida do carrapato:

A fêmea do carrapato é quem possui o hábito alimentar conhecido como “hematofagia” (alimentação por sangue). A ingestão de sangue é necessária para que seus ovos possam ser desenvolvidos. A fêmea do carrapato sobe no cão apenas para se alimentar, mas não permanece durante todo o tempo no animal. Ou seja, muitas vezes o tutor pode não ter visto que o seu pet foi picado por um carrapato. Além disso, basta uma única picada, vinda de um carrapato infectado, para que o animal adoeça.

Vale ressaltar que as doenças do carrapato são consideradas graves e muitas vezes podem gerar o óbito do animal. Por isso, quanto mais cedo o diagnóstico, melhor!

Erliquiose

A erliquiose canina é a “doença do carrapato” mais comum. Trata-se de uma doença bacteriana, que pode ter um período de incubação bastante variável, sendo a média de 7 a 21 dias.

Durante a fase aguda da doença o animal poderá apresentar sinais clínicos bastante inespecíficos, como por exemplo febre, secreção ocular ou nasal, sangramentos nasais, excesso de sede/aumento na ingestão de água, desidratação, aumento no tamanho do baço, entre outros.

Caso o pet tenha um sistema imunológico fortalecido, ele poderá ter a forma assintomática prolongada da doença, tornando o diagnóstico mais tardio. Quanto antes diagnosticado e iniciado o tratamento, melhor o prognóstico.

Babesiose

A babesiose é considerada a segunda doença do carrapato mais comum nos cães. Neste caso, o agente causador da doença trata-se de um protozoário, que também irá afetar o sangue do animal.

A babesiose tende a causar um quadro de anemia nos animais acometidos. Porém, o grau de anemia pode ser variável à depender de diversos fatores.

Os animais acometidos pela babesiose canina podem apresentar diversos sinais cínicos – também inespecíficos, podendo incluir: mucosas pálidas, anemia, cansaço, falta de ar, perda de apetite, perda de peso, manchas avermelhadas na pele, entre outros.

Quais são os sinais clínicos apresentados?

Como visto anteriormente, os sinais clínicos das principais doenças são bastante variáveis. Além disso, vale lembrar que o pet pode ainda estar acometido pelas duas doenças ao mesmo tempo. O animal poderá apresentar um conjunto de sinais clínicos ou ainda sinais clínicos isolados, como apenas “respiração ofegante”, ou “anemia”.

Diante dessas informações, é altamente recomendável que ao identificar quaisquer sinais clínicos e a suspeita de que o pet possa ter sido picado por um carrapato alguma vez durante a sua vida, sejam realizados exames para diagnóstico.

Controle de ectoparasitas em cães.
Fonte: Shutterstock

Doença do carrapato: como diagnosticar?

O diagnóstico para as duas principais doenças do carrapato em cães é feito das seguintes formas:

– PCR e Sorologia: O PCR e Sorologia são os exames de eleição para diagnóstico das duas hemoparasitoses. Os exames possuem uma assertividade maior a depender do período de infecção. Quando houver dúvida ou incerteza de quando o animal pode ser acometido, é recomendado que sejam realizados os doía – tanto o PCR, como a sorologia, para a erliquiose e a babesiose.

– Hemograma: O hemograma não identifica a presença dos agentes no sangue, mas pode trazer informações relevantes, como por exemplo um quadro de anemia ou redução de plaquetas, podendo ter relação com as doenças transmitidas por carrapatos.

– Ultrassom abdominal: O exame ultrassonográfico também não identifica a presença dos agentes no organismo do animal, mas pode trazer importantes informações, como um possível aumento no tamanho do baço, podendo ter relação com hemoparasitoses.

Como proteger o seu cachorro contra as doenças transmitidas por carrapatos?

A prevenção contra carrapatos é a melhor forma de evitar as doenças transmitidas por estes vetores. O controle pode ser feito através do uso de medicações e colheitas, que possuam o potencial de afastar a presença destes vetores.

É importante que essas recomendações sejam dadas por um médico veterinário, pois nem todos os medicamentos e produtos disponíveis no comércio possuem uma eficácia tão satisfatória. Além disso, cada caso necessita de uma recomendação direcionada e diferenciada. Ou seja, o médico veterinário precisa orientar o tutor sobre prevenção de acordo com o caso em específico. Desta forma, o seu pet estará mais protegido contra essas e outras doenças!

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