Dirofilariose: o que é e como prevenir a doença?

Cão pastor alemão deitado com gato.

A dirofilariose é caracterizada por uma grave doença, sendo muitas vezes subdiagnosticada – ou seja, não tendo um diagnóstico assertivo e ágil. Assim como em outras doenças, é importante que o problema seja identificado ou ainda melhor, que seja devidamente prevenido! Desta forma, o pet terá uma qualidade de vida ainda maior!

Neste texto iremos abordar os principais pontos sobre o assunto, como por exemplo a forma de transmissão e o diagnóstico da doença. Confira!

O que é a dirofilariose?

A dirofilariose é uma doença causada por um parasita do tipo nematódeo (Dirofilaria immitis), conhecido popularmente como “verme do coração”. A infecção é mais comum nos cães, mas também pode afetar os gatos. Além disso, é considerada também uma doença de caráter zoonótico – ou seja, pode afetar os humanos.

A afecção é considerada grave, podendo gerar sérios danos para a saúde do pet e podendo até mesmo levá-lo à morte.

Como acontece a transmissão para os animais?

A transmissão da doença depende da presença de um vetor (inseto infectado que transmite a doença através de sua picada). Neste caso, o vetor trata-se de um mosquito, dos gêneros Aedes ou Culex. Desta forma, o mosquito contaminado pode picar o hospedeiro (cão, gato ou outros animais e humanos), infectando-o através de sua saliva contaminada.

Os parasitas (vermes) pegam a corrente sanguínea e alojam-se no coração e artérias pulmonares dos animais. Na câmara cardíaca eles crescem, ocupando o espaço que deveria estar livre para o bom funcionamento do órgão. Com isso, ocorrem alterações hemodinâmicas que a longo prazo podem causar o óbito do pet. Vale lembrar ainda que esse desenvolvimento dos parasitas pode levar meses ou até anos e, pode haver uma quantidade grande de vermes adultos dentro do coração, podendo ultrapassar 100.

Mosquito aedes.
Fonte: Shutterstock

Quais os riscos para o pet acometido?

A doença é considerada grave, principalmente pelo fato de que pode levar o animal à morte. O animal com dirofilariose pode apresentar quadros de insuficiência cardíaca ou ainda doenças pulmonares. Por se tratar de uma doença silenciosa no início, muitos pets recebem um diagnóstico apenas quando estão em estágios avançados da doença ou ainda após a morte, durante a realização do procedimento de necropsia.

Quais sinais clínicos o animal com dirofilariose pode apresentar?

Como já vimos, o surgimento de sinais clínicos pode ser tardio, desfavorecendo ainda mais o prognóstico do pet. Quando demonstram sinais clínicos, os animais podem apresentar:

  • Falta de apetite.
  • Tosse (principalmente os cães), já que a tosse em gatos é mais associada a processos inflamatórios em trato respiratório.
  • Dificuldade em respirar ou até mesmo cianose (mucosas com coloração azul ou roxa).
  • Alterações em ausculta cardíaca (mais presente em cães).
  • Distensão abdominal.
  • Febre.
  • Outros.

Como diagnosticar

Assim como em todas as doenças, o diagnóstico irá começar ainda no consultório veterinário, através do levantamento de informações relevantes e o exame físico do animal.

Dentre as informações mais relevantes que podem ser levantadas estão:

  • O animal já frequentou ou tem o hábito de frequentar sítios, praias ou locais com maior quantidade de áreas verdes? – Essa pergunta é essencial, uma vez que estes locais tendem a ter uma maior proliferação de mosquitos, que são os vetores da doença quando contaminados.
  • O pet faz uso de antiparasitário com capacidade de repelir mosquitos? Esse detalhe também é importante para que o médico veterinário avalie se a probabilidade do pet estar acometido por dirofilariose é alta ou baixa.
  • O animal já realizou exames cardiológicos ou outros anteriormente? Caso tenha algum exame prévio, como o ecodopplercardiograma, poderá eventualmente ser notada alguma alteração ao realizar um novo exame.

Além das perguntas realizadas durante a anamnese, alguns exames complementares deverão ser solicitados, como:

  • Hemograma: Será capaz de identificar eventualmente a presença de microfilárias no sangue (forma circulante do parasita).
  • Ecocardiograma: Será capaz de avaliar eventuais alterações estruturais e de fluxo sanguíneo nas câmaras cardíacas.

Outros exames poderão ser solicitados caso o médico veterinário que acompanha o caso julgue necessário. Vale dizer que em alguns casos o diagnóstico será feito apenas após a morte do animal, através da realização da necropsia.

Ciclo da dirofilariose.
Fonte: Shutterstock

Existe tratamento para dirofilariose?

O tratamento pode ser realizado através de medicamentos que tratem a dirofilariose. São antiparasitários (vermífugos), específicos para a doença, devendo ser prescritos pelo veterinário, tendo sua dose e frequência ajustadas especialmente para cada paciente.

A prevenção é a melhor forma de evitar problemas relacionados à doença e algumas atitudes podem ajudar, como por exemplo a utilização de repelentes (como coleiras ou medicamentos prescritos pelo veterinário) em áreas de risco. Vale lembrar que até mesmo o uso de coleiras DEVE ser prescrito por um médico veterinário, pois o uso indevido pode causar graves intoxicações ao pet ou até mesmo gerar a ineficácia do produto! Muitas coleiras repelentes são altamente tóxicas para gatos!

Portanto, siga sempre as orientações do profissional (veterinário), que estará preparado para orientá-lo sobre os cuidados com o pet!

Alguns cuidados são essenciais para prevenir que o seu pet adquira a doença!

Algumas ações simples podem inibir a infecção por dirofilariose e também outras doenças, como:

  • Uso de coleiras e medicamentos repelentes, como já citado anteriormente.
  • Realizar consulta com o médico veterinário sempre antes de viajar com o pet para qualquer lugar.
  • Realizar consultas periódicas (anualmente ou de acordo com o recomendado para o animal), principalmente caso o pet viva em regiões de maior ocorrência dos vetores (mosquitos), como litoral e regiões do interior.
  • Buscar atendimento veterinário caso note qualquer alteração comportamental ou de saúde no pet.

A prevenção da doença é simples e deve ser levada a sério, para que seu cão ou gato tenha maior qualidade de vida!

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