Colite canina: principais sinais clínicos e tratamento

Cãozinho de porte pequeno deitado coberto com manta.

Alterações gastrointestinais podem gerar grandes impactos na vida dos animais. Com a colite, não é diferente! O problema pode trazer grandes consequências em adultos e filhotes. Portanto, é importante conhecer as principais causas da colite canina, para que seja possível diagnosticar e oferecer o tratamento mais adequado para o cão acometido.

O que é a colite canina?

A colite é caracterizada por uma inflamação intestinal, que causa quadros de diarréia e acomete a região do cólon, podendo se apresentar de forma aguda ou crônica. Na forma aguda, o problema surge repentinamente, de forma abrupta. Já na forma crônica, a colite tende a evoluir ao longo de um período maior de tempo, podendo durar algumas semanas ou ainda ocorrendo de forma recorrente.

Por que o problema pode representar um risco?

Antes de tudo, é importante entender um pouco mais sobre o órgão acometido: o intestino.

O cólon está localizado no intestino grosso, que possui mais duas partes além dele: o ceco e o reto. O intestino é responsável pela absorção de nutrientes e líquidos. Quando ocorre a inflamação do cólon, conhecida por colite, o animal tende a apresentar quadros de diarréia aquosa. Isso ocorre pois diante da inflamação, a função intestinal é afetada, prejudicando a absorção de líquidos. Quando essas alterações ocorrem, a microbiota também pode ser afetada, o que também representa uma grande preocupação.

Diante de um quadro de colite canina o animal poderá sofrer consequências como:

  • Desidratação: devido à perda de água em virtude da diarréia. Quadros de desidratação são preocupantes pois afetam diversos sistemas do organismo, podendo gerar alterações hemodinâmicas ou até mesmo renais.
  • Subnutrição ou desnutrição: Ocorre pela incapacidade de absorver os níveis necessários de nutrientes e energia para manter o funcionamento adequado do organismo.
  • Emagrecimento e caquexia: Animais em quadros de colite podem apresentar perda de peso, podendo ser discreta ou até mesmo acentuada. A perda de peso mais acentuada pode gerar inclusive caquexia, sendo mais comum em quadros de colite crônica ou recidivante.
  • Perda muscular: Ocorre mais em quadros crônicos, onde a capacidade de absorção intestinal persiste por longos períodos.
Cachorro deitado com a cabeça em mãos humadas.
Fonte: Shutterstock

Principais exames para diagnóstico

A colite canina pode ter diversas doenças como causa de base. Portanto, é importante identificar os possíveis motivos que possam estar gerando a alteração no animal.

Algumas alterações que podem gerar quadros de colite em cães são:

  • Giárdia: A giárdia é uma doença parasitária que afeta os animais e também os seres humanos. Ou seja, é uma zoonose. Alguns animais podem ser assintomáticos ou apresentarem sintomas leves, enquanto outros podem apresentar quadros de diarréia mais acentuados. Existe vacina disponível contra giárdia para cães, mas ela não impede que os animais adquiram a infecção. Porém, animados vacinados tendem a não apresentarem quadros graves quando infectados.
  • Parvovirose: o parvovírus acomete mais animais filhotes ou não vacinados. A doença possui tratamento, porém tende a causar um quadro agudo de colite que, se não diagnosticado e tratado corretamente, pode gerar grandes prejuízos para a saúde do pet, podendo até mesmo causar a morte. Um dos grandes problemas da parvovirose é a desidratação que causa do animal e o alto poder de disseminação/contaminação. Portanto, os animais devem ser isolados e muitas vezes pode demandar um cuidado mais intensivo, podendo necessitar de internação.
  • Quadros de intoxicação: Intoxicações por diversas substâncias tóxicas podem desencadear quadros de colite. Um exemplo comum, entre os diversos itens com alto potencial de toxicidade para os animais, é a ingestão de chocolate, principalmente do tipo amargo ou meio amargo. O chocolate possui uma substância altamente tóxica para os animais – a teobromina. Portanto, o consumo de chocolates pode gerar quadros graves de colite e outros problemas.
  • Outras causas: Diversas outras causas podem gerar quadros de colite canina e o médico veterinário será essencial para identificar as possibilidades e fechar o diagnóstico com maior assertividade!

Sabendo das possíveis causas, será possível solicitar os exames mais adequados para cada caso. Geralmente os exames escolhidos para diagnóstico da causa de colite em cães incluem:

  • Ultrassom abdominal.
  • Coproparasitológico (exame de fezes).
  • Testes para doenças específicas, como a giárdia e a parvovirose.
  • Exames de sangue, como hemograma e bioquímicos para avaliação renal e hepática.
  • E outros, de acordo com as suspeitas do médico veterinário.

Qual tratamento é recomendado para colite canina?

Como vimos nos tópicos anteriores, a colite pode ter diversas causas, sendo portanto essencial identificar o motivo para que o tratamento adequado seja proposto. Geralmente, o tratamento de suporte é feito para praticamente todos os pacientes, podendo incluir fluidoterapia, para reidratação, além de analgésicos, antiespasmódicos, probióticos e etc. Um suporte nutricional com ajuste de dieta também pode ser necessário dependendo do caso. Desta forma, o tratamento será direcionado para o problema que foi identificado pelo veterinário que acompanha o caso.

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