Cálculo renal em gato: saiba como identificar e evitar o problema nos felinos!

Ilustração dos rins dos gatos.

Sabe-se que os felinos apresentam maiores chances de desenvolvimento de doenças de trato renal e urinário em relação a outros animais, como os cães. Isso se dá por diversos motivos, incluindo anatomia, fisiologia e comportamento. 

Os rins são órgãos com diversas funções importantes para a vida, como a filtração do sangue, eliminação de resíduos tóxicos, controle da pressão arterial e equilíbrio ácido-básico. Sendo assim, quando há algum problema que afeta o órgão, outros sistemas podem ser afetados, prejudicando a saúde do pet de forma não isolada.

Pensando nisso, neste texto iremos tirar algumas dúvidas sobre essa importante doença que acomete o trato urinário dos felinos. Confira!

O que são os cálculos renais nos gatos?

O cálculo renal em gatos ocorre devido a diversos fatores, como dieta inadequada e redução da ingestão de água, além de outros. A presença dessas estruturas nos rins pode causar outros problemas, como por exemplo a obstrução dos ureteres (vias que levam a urina até a bexiga) – podendo gerar hidronefrose, podendo inclusive levar à perda do rim.

Gato laranja ao lado de objeto ilustrativo dos rins.
Fonte: Shutterstock

Qual a relação com a alimentação do animal?

Os cálculos podem ser formados por diferentes substâncias. No caso do tipo de cálculo conhecido como “oxalato de cálcio”, pode ter relação com distúrbios alimentares. Porém, nos gatos é mais comum a presença de cálculos do tipo “estruvita”.

Assim como em diversas outras doenças, um bom manejo alimentar pode auxiliar na prevenção e controle da afecção, para que o pet tenha uma vida mais confortável e saudável.

Principais sinais de cálculo renal em gatos

Quando o felino é acometido por cálculos renais, tende a apresentar diversos sinais clínicos, sendo alguns mais específicos e outros menos.

Vale alertar que os gatos tendem a “disfarçar” suas sensações,devido ao seu instinto natural, o que dificulta muitas vezes a identificação de alguma alteração, principalmente por parte dos tutores em casa. Sendo assim, é importante levar o pet ao veterinário caso seja notada qualquer alteração comportamental ou fisiológica, mesmo que pareça ser algo muito sutil.

Os principais sinais que o gato pode demonstrar caso esteja com cálculos renais são:

  • Dificuldade para urinar: o gato com dor para urinar provavelmente irá mudar a posição habitual quando estiver dentro da caixa de areia, ou até mesmo irá vocalizar enquanto tenta urinar. É comum também que entrem na caixa de areia por algumas vezes e saiam sem fazer nada, já que sentem dor.
  • Alteração na coloração e odor da urina: são sinais muitas vezes um pouco mais sutis, principalmente quando falamos em coloração – já que a areia da caixa pode absorver rapidamente a urina, dificultando a visualização.
  • Alteração na quantidade de urina: pode ocorrer a diminuição da quantidade de urina eliminada pelo gato.
  • Alteração na frequência da micção: Pode ocorrer o aumento ou diminuição da frequência com que o animal faz xixi.
  • Redução de apetite: muito relacionado ao quadro de dor.
  • Vômito: também pode ser relacionado ao quadro de dor, ou ainda devido a dificuldade de eliminar compostos nitrogenados como amônia e uréia. Quando por algum motivo, como em quadros obstrutivos, o organismo não os elimina, ocorre o que chamamos de azotemia (acúmulo dessas substâncias no sangue) e uremia (surgimento de alterações fisiológicas/apresentação de sinais clínicos, em virtude do acúmulo de compostos nitrogenados no sangue).
  • Urinar fora do local habitual: o ato de urinar em outros locais, como fora da caixa de areia, também pode ser um sinal de que algo não vai bem com a saúde do felino.

Assim como em diversas outras doenças, os sinais clínicos podem ser inespecíficos e nem sempre há um conjunto de sinais presentes. Por isso, o veterinário será essencial para avaliar o pet e levantar as hipóteses diagnósticas.

Ilustração dos rins dos felinos.
Fonte: Shutterstock

Como diagnosticar a afecção

Ainda durante a consulta, o médico veterinário irá levantar um conjunto de informações sobre o histórico do pet, alimentação, informações de ambiente e etc. Além disso, o pet será examinado, para que seu estado geral seja avaliado.

Feito isso, já com algumas suspeitas em mente, o profissional irá solicitar exames complementares que serão fundamentais para diagnosticar a presença de cálculos renais ou outras afecções de trato urinário. Os principais exames que poderão ser solicitados são:

  • Exames de imagem: Ultrassom abdominal e raio-x abdominal (o exame radiológico sempre deve ser realizado em pelo menos em 2 projeções, sendo ideal 3 projeções para uma melhor avaliação).
  • Exames de sangue: Hemograma e bioquímicos, como por exemplo a mensuração de ureia e creatinina.
  • Exames de urina: Como por exemplo a urinálise do tipo I.

Outros exames poderão ser solicitados de acordo com a necessidade individual de cada caso. E, uma vez diagnosticado o problema, o veterinário irá direcionar o tratamento adequado para o animal acometido.

Tratamentos para cálculos renais em gatos

O tratamento para o cálculo renal nos felinos irá depender da causa primária do problema. Ou seja, após o diagnóstico correto, o pet terá um tratamento direcionado ao caso dele, que poderá contemplar o uso de medicamentos, o ajuste na alimentação ou até mesmo a realização de procedimentos cirúrgicos.

Para alguns casos pode ser necessário recomendar a internação do pet visando uma melhor estabilização do quadro.

Gato bebendo água e fonte.
Fonte: Shutterstock

A prevenção é a melhor escolha para manter a saúde do pet em dia!

Como nos gatos a presença de cálculos é mais relacionada ao fato da urina ser muito concentrada e também a retenção da urina, atrelado à baixa ingestão de água, alguns hábitos simples podem ajudar a prevenir o problema, como:

  • Levar o pet para consultas de rotina e check up pelo menos uma vez por ano.
  • Fornecer uma alimentação adequada, prescrita pelo médico veterinário.
  • Disponibilizar pelo menos uma caixa e meia de areia por gato – ou seja, 3 caixas de areia em uma casa com dois gatos.
  • Disponibilizar fontes de água, pois a água corrente desperta interesse e estimula o consumo de uma maior quantidade de água pelo gato. Colocar mais potes de água espalhados pela casa também tende a ajudar.
  • Oferecer alimentos úmidos com maior frequência, como sachês e alimentos úmidos em lata – o médico veterinário do pet poderá recomendar as marcas mais adequadas para aquele paciente.

A prevenção é muito importante para a saúde dos pets! Portanto, não esqueça de manter uma rotina saudável de visitas anuais ao veterinário!

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