Os cães de raças pequenas são o desejo de muitas famílias, principalmente as que moram em apartamentos ou possuem crianças. Porém, embora muita gente acredite que seja mais “fácil” manter um animal pequeno em casa em relação a um cão de raça grande, não é bem assim que funciona!
Neste artigo iremos falar um pouco sobre o cão da raça Pug. O pet é bastante escolhido por diversas famílias no Brasil e no mundo. Porém, a raça possui características peculiares e necessita de cuidados que merecem atenção redobrada! Continue conosco e conheça um pouco mais sobre essa raça!
A origem da raça PUG
A raça Pug possui origem chinesa e está entre as raças mãos antigas do mundo, sendo criado desde aproximadamente os anos 700 a.C. Naquela época, apenas a nobreza chinesa tinha permissão para ter um cão desta raça.
Desde a sua criação, a raça foi evoluindo e sendo modificada fenotipicamente, tendo diversas alterações anatômicas e características visuais, que a tornam única e inconfundível.
A evolução do cão PUG ao longo dos anos
Todas as raças passam por melhoramento genético e cruzamentos que visam chegar o mais próximo possível do padrão daquela raça.
No caso da raça Pug, uma das principais modificações que tornaram a raça única foi o padrão de crânio, com focinho extremamente curto. Porém, essa e outras modificações também trouxeram uma série de preocupações em relação à saúde do pet, como veremos mais adiante.
Principais características da raça
Entre as principais características físicas e comportamentais da raça estão:
· Tamanho: O cão da raça Pug é considerado de pequeno porte, tendo em média 30 centímetros de altura.
· Peso: Geralmente os animais dessa raça devem pesar em média entre 7 e 9 kg. Porém, muitos tendem a desenvolver sobrepeso e obesidade.
· Formato do focinho e cauda: Os animais possuem focinho extremamente achatado, enquanto o rabinho é enrolado.
· Padrão de cor: Os animais podem possuir coloração preta, prata, abricó e fulvo. De forma simples, quando o pet não é preto, as variações se resumem em tons de bege.
· Expectativa de vida: Em média 13 anos.
· Temperamento dócil: O cachorro da raça normalmente possui um comportamento dócil e brincalhão.
O cão da raça PUG pode ter maior predisposição a determinadas doenças
Juntamente com as modificações e evolução da raça, vieram algumas predisposições a determinadas doenças. Veja abaixo quais são as principais.
Síndrome Braquicefálica
Em virtude das modificações anatômicas no crânio e corpo da raça, os cães da raça Pug possuem a síndrome braquicefálica, caracterizada principalmente por:
– Estreitamento das narinas, que dificultam a passagem do ar pelas narinas.
– Achatamento e entortamento das estruturas internas das narinas, conhecidas como conchas e meatos nasais, dificultando a passagem no ar para a traqueia e prejudicando a respiração.
– Prolongamento do palato mole – estrutura responsável por direcionar o ar e alimento para as cavidades corretas (traqueia, no caso do ar, ou esôfago, no caso de alimentos). Esse é um dos principais motivos pelos quais os animais da raça emitem sons de “ronco”, muitas vezes bastante elevados.
Piodermite
A piodermite trata-se de uma infecção bacteriana que afeta a pele. No caso dos Pugs, um dos fatores que predispõem a sua formação é a presença de muitas “dobrinhas” de pele ao longo do corpo, o que favorece o crescimento bacteriano, devido a pouca oxigenação da região e ao acúmulo de umidade. Infecções fúngicas também podem ocorrer, inclusive pelo mesmo motivo.
Outras doenças
Além das doenças já citadas, outras também podem acometer os cães da raça Pug com certa frequência, como por exemplo:
– Outros tipos de dermatites.
– Intolerância ao exercício, podendo apresentar inclusive desmaios: bastante relacionado à capacidade respiratória, que é afetada na síndrome braquicefálica.
– Obesidade e sobrepeso.
– Problemas ortopédicos, devido ao sobrepeso e à conformação das estruturas.
– Entre outros.
Quais os principais cuidados com os cães da raça PUG?
Ao escolher um cão da raça Pug para ter como pet alguns cuidados devem ser cuidados, como:
· Consultas de rotina: É extremamente importante que o pet visite o médico veterinário pelo menos uma vez ao ano para que sejam realizados exames de check-up e uma avaliação geral. O espaço entre as consultas poderá variar de acordo com cada caso e a recomendação do profissional.
· Tratamento para a síndrome braquicefálica: Embora não exista um tratamento que corrija todas as alterações presentes no quadro, existem alguns procedimentos cirúrgicos que visam amenizar os sinais clínicos e proporcionar maior qualidade de vida ao pet, como é o caso da “Estafilectomia” – cirurgia que tem como objetivo reduzir o prolongamento do palato mole, e a “Rinoplastia” – que tem como objetivo abrir um pouco mais a passagem do ar através das narinas. Porém, não há procedimentos que corrijam outras alterações relevantes, como as que são presentes na parte interna do nariz (meatos e conchas nasais). As cirurgias não são obrigatórias e devem ser realizadas apenas sob recomendação e avaliação de um médico veterinário.
· Controle de peso: A dieta balanceada tem como objetivo evitar o sobrepeso e a obesidade. O médico veterinário poderá auxiliar na escolha da melhor ração para o pet. Além disso, é importante evitar petiscos que não sejam recomendados pelo profissional, incluindo frutas e legumes, que tendem a ter excesso de frutose e outros carboidratos na composição, embora pareçam inofensivos.
· Controle de temperatura: Em virtude de todas as alterações já citadas, alguns indivíduos podem ter uma dificuldade maior em regular a temperatura corporal. Portanto, é recomendado que seja oferecido ao pet um local fresco e com água fresca.
· Banhos: Como os cães da raça tendem a acumular umidade em determinados locais, é recomendado que os banhos sejam cautelosos, mantendo o pelo sempre seco e sem umidade.
· Diversos outros cuidados devem ser tomados, devendo sempre se atentar às recomendações do veterinário do pet!
Como vimos, os cãezinhos Pugs são muito amados, mas também demandam de bastante dedicação de seus tutores, não é mesmo?
