Giárdia Canina: entenda o que é a doença!

Giárdia

Sabe-se que diversas doenças que acometem os animais podem também acometer os seres humanos – o que gera uma grande preocupação em relação a como prevenir e controlar a disseminação dessas afecções. A Giárdia canina é um exemplo que merece atenção especial, pois, além de ser uma doença de caráter zoonótico – ou seja, que também pode acometer os seres humanos, em casos mais graves pode comprometer a saúde do pet.

Neste artigo iremos falar um pouco mais sobre como a doença pode ser transmitida, quais sinais clínicos o animal acometido pode apresentar e como prevenir que o pet adoeça. Continue conosco e confira!

O que é a Giárdia canina?

A Giárdia canina ou giardíase é uma doença causada por um protozoário (Giardia spp.), que afeta o intestino dos cães e de outros animais, podendo acometer também os seres humanos.

Fatores de risco

A Giárdia canina pode representar um maior risco para alguns animais, podendo gerar graves infecções ou até mesmo a morte como consequência.

Os animais considerados grupos de risco são:

·        Filhotes: Os filhotes ainda estão desenvolvendo sua imunidade e possuem um metabolismo mais rápido, resultando em perdas hídricas também mais agudas. Ou seja, há um grande risco em relação à desidratação desses pacientes. Geralmente filhotes acometidos necessitam ficar internados para um controle de hidratação melhor, além dos demais cuidados.

·        Animais com sistema imunológico comprometido: Quando os animais estão com o sistema imunológico comprometido, tendem a ter um quadro mais grave da infecção.

Teste de Giárdia.
Fonte: Shutterstock

Como ocorre a transmissão de giárdia para os cães?

A infecção da giárdia em cães ocorre a partir da ingestão oral dos cistos infectantes do agente causador da doença (Giardia spp), que estão presentes no ambiente – ou seja, no solo, gramas, água, alimentos contaminados e etc.

Doença de caráter Zoonótico

A Giárdia é considerada uma zoonose. Ou seja, os seres humanos também podem ser acometidos pela doença.

Embora existam diversas espécies de Giárdia, sabe-se que a contaminação humana pode acontecer, devendo, portanto, ser evitada.

A principal forma de contágio nos seres humanos se dá através da ingestão de alimentos contaminados e água contaminada. Portanto, alguns cuidados devem ser tomados visando a prevenção do contágio, como:

·        Lavar adequadamente alimentos, frutas e legumes.

·        Tomar apenas água mineral ou filtrada.

·        Lavar sempre as mãos de forma adequada, com água e sabão.

·        E outros cuidados de higiene.

Quais sinais clínicos os cães com giárdia podem apresentar?

Os sinais clínicos apresentados em quadros de giardíase canina podem variar, sendo mais ou menos específicos, podendo incluir:

·        Diarreia: a diarreia é bastante comum diante de um quadro de giárdia canina. Geralmente as fezes se apresentam de forma pastosa ou líquida, podendo ou não haver a presença de sangue. O sinal clínico é considerado grave, já que causa grandes perdas de volumes, gerando um quadro de desidratação, que pode colocar a vida do pet em risco.

·        Dor abdominal: Os animais geralmente apresentam dor abdominal, geralmente de grau leve a moderado.

·        Vômito: Alguns animais apresentam ainda episódios de vômito.

·        Redução de apetite: Devido ao mal-estar os pets tendem a reduzir o consumo de alimentos, podendo em alguns casos recusar qualquer tipo de alimento.

·        Prostração: Os animais acometidos tendem a ficar mais quietos, em repouso por mais tempo do que o habitual.

·        Outros sinais ainda podem surgir, a depender da gravidade e individualidade de cada caso.

Transmissão de giárdia.
Fonte: Shutterstock

Como saber se o seu cachorro está com giárdia?

É importante que mediante qualquer alteração comportamental ou fisiológica, o animal seja levado o quanto antes para uma consulta com o médico veterinário. O profissional será capaz de avaliá-lo e verificar se existe a suspeita de que o mesmo esteja acometido por giárdia canina.

Além do exame físico completo que o profissional irá realizar na consulta, serão solicitados exames complementares.

O exame complementar que realiza o diagnóstico de giárdia é específico da doença (através de PCR ou sorologia/SNAP). Porém, outros exames poderão ser solicitados para avaliar a saúde geral do paciente, como por exemplo o ultrassom abdominal e exames de sangue.

No ultrassom será possível avaliar possíveis focos de inflamação, que pode ser evidenciado através por exemplo do espessamento de paredes de alças intestinas, além de outros pontos relevantes.

Existe tratamento?

Embora a infecção possa ser mais grave em alguns casos, existe tratamento para a doença! O médico veterinário poderá recomendar o tratamento mais adequado para cada caso, orientando também sobre a necessidade de internação para melhor controle do quadro em alguns casos.

É possível prevenir a giárdia canina?

A giárdia canina pode ser prevenida através de algumas formas, como:

·        Controle ambiental: É recomendado que seja oferecida água limpa e de preferência filtrada ao pet, evitando contaminações. Além disso, para a limpeza do ambiente em que o animal vive, podem ser usados desinfetantes a base de amônia quaternária, que possui potencial contra os cistos infectantes do agente.

·        Vacinação: Atualmente existe vacinação contra a Giárdia disponível para os cães. Porém, vale lembrar que embora recomendada em diversos casos, a vacina não inibe que o animal pegue a infecção. Porém, quando ele adoece, a infecção tende a ser mais branda quando comparada a um animal não vacinado.

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